Analise os fatores emocionais diretamente ligados a seus hábitos alimentares.
Meus paciente sabem bem, que o grande foco do meu trabalho é tentar entender sua história de vida, prazeres e limitações emocionais no intuito de trazer a luz fatores que estão por trás do ganho de peso, sejam eles nutricionais, hormonais e psicológicos.
Após um bom tempo trabalhando com mudança de hábitos de vida, posso afirmar que dificilmente uma pessoa chega a obesidade devido única e exclusivamente a ‘maus hábitos”, em geral existe um contextos psicológico muito frequentes associados e é sobre isso que quero falar hoje.
É muito comum que o peso em excesso estejam ligados a padrões negativos de pensamentos relacionados à necessidade de proteção. Os vícios em geral são meios de lidar com emoções que não sabemos administrar, ou seja formas de ‘fugir de si mesmo’.
Essas diversas formas de escapismo, muitas vezes tem correlação com declínio dos mais diversos neurotransmissores.
Lidar com mudanças de estilo de vida, depende de forte autoestima, de capacidade de dar conta das responsabilidades sem buscar escape por meio do abuso de drogas ou de outros vícios. Em geral, ficar bem psicologicamente em relação ao seu corpo depende também de ter um relacionamento saudável com o trabalho e demais responsabilidades.
O stress pode levar a problemas de excesso de peso, quando somos submetidos a cenários de competição ou aparente hostilidade, tendemos a comer mais como forma de compensar falta de prazer em exercer tal atividade.
Além disso, já é sabido que indivíduos com depressão e ansiedade podem ter neuropeptídeos que funcionam mal e afetam tanto a digestão como as emoções.
Um padrão muito comum em pessoas com problemas de peso e imagem corporal é o perfil que se doa aos outros com excesso de generosidade. A primeira vista são qualidades inatas e ótimas. Contudo, se olharmos mais a fundo veremos que tais condutas podem estar sendo conduzidas pelo medo e baixa autoestima. Gastam tanta energia em benefício dos outros que tem pouco disposição em cuidar de si mesmo. Sua identidade é definida pelo que fazem e por sua produtividade em prol dos outros, ou de seu trabalho, padrão mantido muitas vezes por se recusarem a encarar de frente seus próprios sentimentos.
Existe uma linha da medicina integrativa, descrita mais a fundo no livro : ‘Está tudo bem” de Louise Hay, que entende a gordura como um ‘camada protetora” cultivadas por pessoas que são extremamente sensíveis e acreditam necessitar de amparo, e sugere que para começar a retirar essa carapaça e promover saúde usar afirmações como:
Estou em paz com meus sentimentos.
Estou seguro onde estou.
Crio minha própria segurança.
Gosto de mim e me aprovo.
Nesse mesmo livro, a autora sugere que gordura localizada na região abdominal está associada a nutrição negada, e que o excesso de gordura nas coxas está relacionado a raiva durante a infância, provavelmente do pai.
Enfim, se realmente a mente tem esse poder até na distribuição da composição corporal não sabemos, mas minha conduta é sempre a mesma: chamar a atenção para esses padrões de pensamentos negativos e indicar um bom tratamento psicológico, livros sobre o assunto e uma revisão diária dos gatilhos que existiram nos momentos que o paciente furou a dieta.
Preparado pra mudar seu comportamento?
Grande abraço