Embora é possível ter resultados com o mínimo de esforço seguindo princípios simples optando por comer alimentos reais e integrais, a estratégia fat burn em aumentar ou baixar o consumo de carboidratos não é suficiente para todos. Pra entender melhor como isso funciona, vou aprofundar o assunto, abordando a ciência da leptina e como seus níveis podem desbloquear um ritmo totalmente novo de perda de gordura.
O aumento ou a diminuição do consumo de carboidratos podem ser usados, de forma bastante eficaz, para eliminar os últimos pontos percentuais de gordura corporal. O que não é recomendado para indivíduos com excesso de peso, visto que, para esse perfil adotar um plano de alimentação com baixo teor de carboidratos é uma das formas mais eficaz de perder peso.
Entenda! A restrição calórica reduz os níveis de leptina. Com leptina baixa, aumenta-se a fome e reduz a aderência a uma dieta. Surgem os desejos, e os impulsos alimentares, a energia diminui, a imunidade sofre. A falta de leptina provoca a cascata de hormônios que reduzem o metabolismo e o gasto de energia. Seus músculos usam menos energia e se tornam mais eficientes - mas mais fracos e menos eficazes. Menstruação e fertilidade se tornam problemas. Diminuir ainda mais as calorias só piora o problema.
Você precisa restaurar a leptina, pelo menos um pouco, para corrigir o caminho. Uma recarga de carb pode ajudar você a conseguir isso.
A falta de leptina provoca a cascata de hormônios que reduzem o metabolismo e o gasto de energia.
Especialmente se a pessoa estiver se sentindo bem, em boa forma e continuando a perder peso com muita energia, não há necessidade de carboidrato. Lembre-se, também, que um plano alimentar com pouco carboidrato não equivale a um plano alimentar de baixa caloria.
Se sua perda de peso estagnou, no entanto, e a fome é um problema constante, não importa a profundidade de sua restrição calórica, pode ser prudente considerar uma realimentação periódica de carboidrato. Se você não tiver energia ao longo do dia e seu sistema imunológico estiver sofrendo, talvez seja necessário restaurar os níveis de leptina com uma recarga de carboidratos.
Então devo comer carboidratos para emagrecer?
Não! Não estou orientando a comer mais ou menos, o objetivo aqui é esclarecer como a leptina influencia no emagrecimento. Então, sua melhor opção é procurar ajuda e avaliar seu caso individualmente.
Por exemplo, para pessoas em dias de treinamento mais pesados (levantamento pesado, corrida, qualquer coisa que resulte em depleção de glicogênio), é interessante aumentar os carboidratos e limitar a ingestão de gordura. A gordura não tem muito efeito a curto prazo sobre a leptina e, como queremos aumentar a leptina a curto prazo, sem comprometer as calorias totais, limitar a gordura e enfatizar o carboidrato é um caminho a percorrer. Quanto a ingestão de proteínas, apenas manter o consumo normal. Em geral, alimentos como o inhame, batata doce, frutas, banana-da-terra - qualquer fonte primária de carboidrato rico em amido auxiliará a leptina.
A leptina aumentará (independente do armazenamento de gordura), o glicogênio será reabastecido e o apetite se normalizará. Lembrando que estou me referindo a pessoas que já estão em forma com baixa leptina circulante, tendem a aumentar a sensibilidade à leptina, e ainda assim, ela não será suficiente para entorpecer seus receptores de leptina. Isso geralmente acontece com os obesos, que cronicamente elevam a leptina.
O ideal para a perda de peso é criar hábitos que o farão a adquirir a forma desejada de forma constante e gradual, mas geralmente quanto mais peso você perde, mais lento fica, para continuar a perder. A estratégia acima simplesmente representam um modo pelo qual é possível aderir ao seu plano de alimentação individual, variações de carboidratos sem interromper excessivamente sua dieta habitual.