Não é excesso de preocupação, nem mito, mas sim um fato real e preocupante. A água, essa das torneiras e até dos filtros, que usamos pra tudo no dia a dia, também está nos intoxicando. Isso se deve a um processo de tratamento chamada fluoretação.
A noção de água potável é um mito, o fato de sua água da torneira ser "tratada" não significa que ela seja segura - na verdade, longe disso. Nossa água potável tornou-se um repositório de resíduos tóxicos. O escoamento agrícola está liberando metais pesados, pesticidas, herbicidas e fertilizantes químicos para o meio ambiente, que entram no nosso abastecimento de água. A indústria infelizmente, mesmo fiscalizada, acaba por despejar quantidades mínimas de produtos químicos no solo, no ar e nos cursos de água.
A lista de contaminantes encontrados na água potável é muito extensa e dariam varias matérias, mas vou elaborar sobre uma que é particularmente problemática: o flúor. Mesmo que na sua cidade o flúor não seja acrescentado à sua água potável, você provavelmente está ingerindo essa toxina todos os dias.
Você está exposto ao flúor se toma medicamentos prescritos como o prozac, nada em piscinas ou utiliza banheiras de hidromassagem. Até em produtos convencionais, como alface e o pão, produtos de panificação, em bebidas como chá gelado, vinho e cerveja. E é claro, muito comum nas pastas de dente, e até mesmo infiltrando na sua comida a partir de panelas e frigideiras revestidas com Teflon.
O flúor é uma neurotoxina. Apesar de uma montanha de evidências sobre seus efeitos destruidores da saúde, a fluoretação das águas na estação de tratamento é obrigatória no Brasil desde 1974, conforme a Lei Federal 6.050.ª Em 1975, a Portaria 635 estabeleceu padrões para a operacionalização da medida,b incluindo os limites recomendados para a concentração do fluoreto em razão da média das temperaturas máximas diárias.
A evidência sobre a toxicidade do fluoreto é extensa. Talvez o mais perturbador seja que bebês expostos à água fluoretada no útero através da mãe apresentam um desenvolvimento anormal do cérebro. Essas mães bebiam água fluoretada que estava dentro de “diretrizes seguras”, conforme definido pela EPA - a mesma água que bebemos hoje. Um estudo envolvendo mulheres mexicanas descobriu que crianças com exposição pré-natal ao flúor têm QI mais baixo.
Mas, o flúor não faz bem a saúde?
Mito. As propagandas de produtos para saúde bucal te fizeram acreditar nisso, mas a verdade é que o flúor calcifica a glândula pineal e endurece as artérias, e ainda, aumenta o risco de hipotireoidismo. Hum, e agora!!?
É difícil evitar essa toxina completamente, mas minimizar sua exposição ao flúor é importante. É por isso que é essencial detoxificar seu corpo do flúor, que é um processo menos simples que limpar o seu sistema de mercúrio ou arsênico, por exemplo.
O flúor não é um metal pesado, ele é um haleto na mesma família que o bromo e o cloro. Fluoreto, bromo, cloro e perclorato se ligam aos receptores de iodo no corpo e deslocam o iodo. O perclorato é uma molécula produzida pelo homem que combina oxigênio e cloro, é usado para combustível de foguetes e processos industriais e contamina nossos suprimentos de água.
Detoxificação com Iodo
Segundo alguns estudos, a mais eficiente forma de detoxicação de perclorato, flúor ou outros halogenetos é com o iodo. A quelação e outros métodos para detoxicação de metais pesados podem não ser tão eficazes.
Carregar o corpo com iodo desloca o flúor dos receptores celulares e libera o flúor para fora do corpo na urina. Nosso corpo não produz iodo, precisamos obtê-lo por meio de alimentos ou suplementos. E, infelizmente, a maioria das pessoas não se preocupam em verifica as deficientes de minerais, e esse é um elemento crucial para saúde.
A melhor fonte alimentar de iodo é algas marinhas. Legumes marinhos como wakame, nori, kombu (kelp), arame e dulse são as mais ricas fontes comestíveis de iodo. Para se ter uma ideia, apenas uma colher de sopa de flocos secos contêm dessas algas, tem cerca de 0,75 mg de iodo, e a quantidade diária recomendada é de cerca de 0,15 mg.
Outras boas fontes de iodo incluem frutos do mar (salmão, lagosta, vieiras, bacalhau e camarão). Cranberries, iogurte, batatas e morangos e também contêm iodo, mas em quantidades muito mais baixas. Por isso a suplementação médica, personalizada e acompanhada é importante.
A detoxicação de flúor usando iodo pode desencadear sintomas como dores de cabeça, agitação e palpitações quando o flúor é liberado. Para minimizar esses efeitos, é importante trabalhar com um especialista em saúde personalizada, com interferências naturais e deve incluir um plano nutricional, e acompanhamento de como seu fígado irá reagir, pois provavelmente ele precisará de apoio adicional.
Cúrcuma e tamarindo, novas alternativas
Em um estudo publicado na Pharmacognosy Magazine, a curcumina foi identificada como protetora contra os efeitos prejudiciais do flúor ao cérebro. Outros estudos mostram que a curcumina, o ingrediente ativo da cúrcuma, também protege os rins contra a toxicidade do flúor, e foi apontada para prevenir danos no DNA de flúor em linfócitos humanos.
O tamarindo é comumente usado na medicina ayurvédica. Em um estudo randomizado de controle de dieta, pesquisadores indianos estudaram o efeito do tamarindo em 30 indivíduos que vivem em uma área com altos níveis naturais de flúor. Após duas semanas, o grupo suplementando com tamarindo teve um aumento significativo no flúor excretado pela urina. Os pesquisadores concluíram que o tamarindo mobilizou o flúor do osso e o realizou na urina.
Em outro estudo, estudantes indianos comeram 10 gramas de tamarindo todos os dias. Após 18 dias, a excreção de flúor foi significativamente aumentada. Os pesquisadores concluíram que o tamarindo pode atrasar a fluorose, melhorando a excreção de flúor na urina. Estudos em animais também mostram benefícios da nutrição contra o flúor.
http://drsircus.com/medicine/iodine/iodine-protects-fluoride-toxicity#_edn3
Sharma C, Suhalka P, P Sukhwal, N Jaiswal, Bhatnagar M. Curcumin atenua neurotoxicidade induzida por flúor: Uma evidência in vivo . Revista de Farmacognosia . 2014; 10 (37): 61-65. doi: 10.4103 / 0973-1296.126663.
Seyed Fazel Nabavi et al, "Efeitos protetores da curcumina contra a toxicidade induzida pelo fluoreto de sódio em rins de ratos". Biol Trace Elem Res . 2012; 145 (3): 369-74. Epub 2011 7 de setembro. PMID: 21901432
Hemlata Tiwari, Mandava V Rao, "A suplementação de curcumina protege dos efeitos genotóxicos do arsênico e do flúor". Food Chem Toxicol . 17 de fevereiro de 2010 Epub 2010 Feb 17. PMID: 20170701